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22/09/2021

 

Nesta quarta, dia 22, às 15 horas – finalmente! – o julgamento do dissídio de 2021 das professoras, professores e auxiliares na Educação Básica.
Assista aqui, agora: https://youtu.be/Vk-W4K8AZ1s

 

Hoje, 22/09 – Anistia para governador e prefeito que não pagaram por educação, pesquisador diz que Brasil nunca aplicou Paulo Freire, Covid novamente em alta, e mais: antirracismo em sala de aula, dez dicas  

 

 

 

Senado aprova PEC que isenta prefeitos e governadores de gasto mínimo em educação
Folha de S. Paulo; 21/09
https://bit.ly/39psHk4

O Senado concluiu nesta terça-feira (21) a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que dispensa estados, municípios e o Distrito Federal de aplicarem o mínimo de 25% das receitas em educação durante os anos de 2020 e 2021. O texto segue para a Câmara dos Deputados.

De acordo com a proposta, prefeitos e governadores não poderão ser responsabilizados administrativa, civil ou criminalmente pelo descumprimento desse percentual. Os recursos que não forem aplicados nesse período deverão ser reaplicados até 2023.

CENTENÁRIO PAULO FREIRE

 

'Brasil nunca aplicou Paulo Freire', diz pesquisador
BBC Brasil; 19/09
https://bbc.in/3AwdpWM

Considerado patrono da educação no Brasil desde 2012, Freire dá nome a institutos acadêmicos em países como Finlândia, Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul e Espanha, mas, em sua terra natal, tem sido criticado por manifestantes e articulistas pelo que consideram sua "influência esquerdista" no ensino.

O historiador e doutor em Educação José Eustáquio Romão, seu amigo pessoal e especialista em sua obra, discorda: "Paulo Freire nunca foi aplicado na educação brasileira. (...) Ele entra (nas universidades) como frase de efeito, como título de biblioteca, nome de salão."

100 anos de Paulo Freire: veja ensinamentos do educador que ainda são atuais
G1; 19/09
https://glo.bo/2XDGPn2

Desde 2012, Freire passou a ser considerado por lei o "Patrono da Educação Brasileira". Seu trabalho é reconhecido mundialmente: ele tem títulos em 41 instituições de ensino, como nas universidades de Harvard, Cambridge e Oxford.

Em livros como "Pedagogia do Oprimido", o mais famoso deles, o autor defende o papel primordial da educação no processo de conscientizar o povo e levá-lo ao senso crítico.

Abaixo, veja em que aspectos o legado de Paulo Freire ainda pode ser considerado atual, na visão de três professores que estudam sua obra:

1- Importância de compreender a realidade do aluno - Freire defendia a teoria chamada "pedagogia do afeto", explica Kleber Silva, professor da Universidade de Brasília (UnB).

2- Alfabetização de adultos - Nas décadas de 1950 e 1960, Freire dedicou-se à educação de adultos em áreas proletárias (urbanas e rurais) de Pernambuco.

3- Formação de cidadãos críticos - Monte Mór, docente da USP, afirma que, pelos ensinamentos de Paulo Freire, "o aluno percebe que tudo o que aprende é fruto do olhar de certas pessoas."

4- Combate às fake News - Freire pregava que a educação deveria ser um processo bilateral, em que o professor também "é um aluno". É um combate à ideia da educação tradicional, em que o docente ensina, e o os estudantes são "receptáculos vazios" que apenas escutam o que é dito.

5- Respeito às diferenças - Walkyria Monte Mór expõe que a pedagogia de Paulo Freire "ajuda a construir a identidade das pessoas".

6- Empoderamento dos mais pobres - Quando Freire escreve que a educação é para todos, "refere-se aos que estão à margem da sociedade", explica Silva, da UnB. "São os indígenas, os surdos, os pobres, os negros. É dar oportunidade e empoderar essas pessoas por meio da educação."

 

Análise da obra de Paulo Freire ao longo de sua trajetória
EcoDebate; 21/09
https://bit.ly/3m4TKav

De fato, Paulo Freire foi muito influenciado pelo movimento da cultura popular. Paulo Freire é uma pessoa que só se entende a partir do seu contexto, dessa realidade política e cultural dos anos 1960 e 1950. Era uma efervescência, inclusive, pelas possibilidades de a educação participar de um processo de transformação social e política. Paulo Freire não era pedagogo, não era educador, era formado em Direito. Sua primeira esposa, Elza, é que era professora de educação primária e parece que teve uma influência muito grande na dedicação de Paulo Freire à educação.

Eu penso que Paulo Freire começou a perceber gradativamente as possibilidades de um processo transformador a partir da educação, pensada como parte de um movimento da cultura popular. Não tanto a educação institucionalizada, estatal, de cima para baixo, mas a educação como parte de um processo de o povo encontrar-se a si próprio e encontrar as condições para uma vida melhor.

 

 

 

Paulo Freire é o homenageado no
10° Congresso Fepesp, dias 1 e 2 de Outubro.
Saiba mais aqui:
https://bit.ly/3j9RWwl   


POLÍTICA EDUCACIONAL  

BNDES cria fundo para educação, emprego e meio ambiente
CNN; 21/09
https://bit.ly/3AsgC9H

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Movimento Bem Maior (MBM) assinaram um acordo de cooperação técnica que vai usar o fundo socioambiental do banco, com o valor de R$ 100 milhões, para financiar projetos sociais das áreas da educação, do meio ambiente e de emprego e renda.

O valor total do fundo ainda poderá chegar a R$ 200 milhões, já que o BNDES propôs acrescentar R$ 1 a cada real investido por empresas privadas. O investimento mínimo para os primeiros projetos será de R$ 5 milhões e atenderá exclusivamente instituições sem fins lucrativos.

 

Multa da Lei de Cotas poderá pagar faculdade para estudante com deficiência
Estadão; 21/09
https://bit.ly/3u13Cp6

Um projeto do Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) com a Associação Somos CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) usa parte da arrecadação com as multas aplicadas a empresas que não cumprem a Lei de Cotas (nº 8.213/1991) para pagar bolsas a estudantes com deficiência em universidades.

Segundo o MPT-SP, o programa ‘Inclusão sem Limites’, criado para garantir a alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica a permanência na faculdade, apoia atualmente dez estudantes com deficiência, no 4º e no 5º semestres de engenharia, direito e pedagogia. Três já fazem estágios em empresas.

CORONAVÍRUS

Taxa de transmissão da covid no Brasil volta a níveis ‘fora de controle’
Rede Brasil Atual; 21/09
https://bit.ly/3lQCJjR

A covid-19 volta a ser considerada fora de controle no Brasil, o que não ocorria desde 22 de junho, conforme aponta relatório divulgado nesta terça-feira (21) pelo Imperial College de Londres. O instituto, referência em epidemiologia no mundo, mostra que a taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no país está em 1,03.

A Rt deve estar abaixo de 1,0 para que a pandemia seja considerada controlada. O número expressa, na prática, que cada grupo 100 pessoas contaminadas transmite a doença para outras 103. O dado mostra que o surto tende a piorar.

 

 

 

   E TEM MAIS:

 

10 dicas de como trabalhar o antirracismo em sala de aula
G1; 21/09
https://glo.bo/39sLScI

O ensino da história e cultura afro-brasileira na rede de ensino está determinado na Lei nº 10.639 desde 2003. No entanto, as irmãs e professoras Carolina e Fernanda Chagas Schneider vivenciaram a dificuldade de implementar estes conteúdos nas salas de aula de maneira diversificada e multidisciplinar.

Pensando nisso, elas enumeraram na publicação digital "Escola para Todos: promovendo uma educação antirracista", da Fundação Telefônica Vivo, 10 temas para planos de aula que podem ajudar os professores a cumprir com a obrigatoriedade estabelecida em lei, enquanto trabalham questões antirracistas com os alunos.

O lançamento da publicação aconteceu digitalmente na segunda-feira (20) e contou com a presença da escritora e poeta Conceição Evaristo, tida como um dos mais importantes nomes da literatura brasileira atual.

Ela cobrou um compromisso dos órgãos públicos de educação na implementação de políticas públicas raciais e comentou a importância da iniciativa que inclui a preparação de professores brancos no combate ao racismo nas escolas.

Literatura - Segundo as autoras, a literatura é o ponto de partida das intervenções pedagógicas. Por isso, avaliam ser importante utilizar em aula livros que apresentem o protagonismo negro. Ao trabalhar personagens negros em locais de protagonismo na literatura é possível promover a reflexão sobre a falta de pessoas negras em lugar de destaque nos livros infantis e conhecer personagens de diferentes etnias, que protagonizam histórias diversas.

Representatividade- Trabalhar planos de aula que apresentem pessoas negras de maneira positiva é importante para trazer exemplos do exercício das mais diferentes funções na sociedade, na política, nas artes, na história e em outros campos. Atividades como esta podem ajudar na discussão sobre privilégios, por exemplo.

Estética- A cultura afro-brasileira e africana também é composta esteticamente, com roupas, adornos, elementos religiosos ou culturais. Por isso, é importante discutir sobre cabelos, penteados, uso de turbantes e moda. Também é possível trabalhar as diferentes expressões artísticas em que a estética negra está presente.

Identidade- Ser negro no Brasil não é só sobre cor da pele. A identidade racial no país é uma construção impactada pela história, religião, estética e muito mais, e esta noção pode ser apresentada como modo de fomentar a discussão em sala de aula.

Território - O território é uma parte importante da identidade racial de pessoas pretas e pode ser mostrado como referencial para o desenvolvimento dos povos negros no Brasil e no mundo. Questões como comunidade e berço originário podem ser tratados relacionados à geografia, por exemplo.

Ludicidade- A cultura afro-brasileira e africana se envereda pelas mais diferentes questões históricas do país. Neste plano, os professores apresentam aspectos lúdicos da cultura, como brincadeiras tradicionais dessas origens.

Corporeidade- Os traços físicos de pessoas negras são muitas vezes usados para menosprezar sua aparência. Por isso trabalhar o corpo, suas características físicas e seus movimentos, assim como o ser e estar no mundo como pessoa negra, é um elemento de importância para explicar e combater o racismo em sala de aula.

Musicalidade- Aqui, a música como uma forma de expressão da cultura negra é priorizada. Discutir a importância da música como elemento de resistência cultural e apresentar as ramificações dos ritmos, instrumentos e sonoridade ajudam a compreender a importância musical da cultura negra.

Religiosidade- Apresentar aos alunos as diferentes religiões de matriz africana, as mitologias e visões originadas do continente africano. Trabalhar o não preconceito a religiões não cristãs e discutir o respeito à crenças alheias.

 

Antirracismo- Por fim, trabalhar a discussão focada na desconstrução do racismo, pontuando a importância da participação de pessoas não negras na luta pela igualdade.