Hoje, 13/10 – confusão na volta às aulas, os universitários que vivem com idosos, PLR na Educação Básica deve ser paga dia 15 - e mais.
Primeira semana de volta às aulas em SP tem desinformação e confusão As diferentes normas para escolas estaduais, municipais e privadas, com o governo do estado e cada prefeitura legislando ao mesmo tempo sobre a reabertura, além de confundir gestores escolares, deve levar a ações judiciais em alguns municípios. A única regra comum para todos na capital é a limitação de 20% do número de estudantes. Nas regras do estado, há a limitação de até 35% do número de alunos, que passará a 70% depois de 14 dias na fase verde. Já a rede estadual está autorizada a funcionar até cinco horas por dia. A privada não tem limite de horário.
Enquanto os estudantes do ensino superior que dividem o domicílio com uma ou mais pessoas de, no mínimo, 60 anos chegam a 167 mil (22% do total) na capital paulista, as crianças de 0 e 5 anos em situação parecida somam 12.800 (9,7% do total). Um retrato parecido emerge do perfil dos profissionais que atuam na educação.
Kaio Ayres Neri, de 27 anos, por exemplo, usa a técnica para se manter em dia com todas as aulas - ele cursa Biomedicina e Desenvolvimento de Sistemas ao mesmo tempo e já não acompanha nenhuma tarefa das duas faculdades sem aumentar a velocidade. "É mais uma questão de foco meu mesmo, eu sinto que consigo focar mais. Às vezes a forma de falar do professor é meio lenta e fica fácil perder a atenção", afirma.
"Cheguei a ficar doente": professores relatam sofrimento do trabalho na pandemia Eu fiquei em pânico , cheguei a ficar doente . Liguei para a escola pedindo para me mandarem embora, porque foi uma forçação de barra. Eles ligavam para a gente dizendo: ‘o seu aluno não está entrando na live porque você não está falando com ele’", relata a professora Elisangela*.
Foco de Bolsonaro, apoio à educação básica e profissional sofre esvaziamento no MEC Os temas foram anunciados como prioridade do governo Jair Bolsonaro (sem partido), mas o discurso não se reflete na prática. O Orçamento de 2021, em análise no Congresso, prevê para o MEC uma redução de 21% nos recursos dos programas de educação profissional e tecnológica e 7% nas rubricas inscritas como educação básica de qualidade.
Pra falar dessa história, o professor Celso Napolitano, presidente do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) participou quinta, 8, de live do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos. Ele também preside a Federação da categoria (Fepesp). PRINCIPAIS TRECHOS: Multa de 40% no FGTS – Esse direito derivou de proposição do dr. Ulisses Riedel, então diretor-técnico do Diap. Era o chamado Projeto 1 do Diap, pra garantir estabilidade no emprego a todos. Até 1967, havia estabilidade, mas a ditadura extinguiu. Saldo do FGTS – Se o trabalhador saca o Fundo por qualquer razão prevista na lei, como doenças ou pra abater prestação da casa própria, o dinheiro retirado continua contabilizado pra fins rescisórios, com a multa de 40%. Abono de férias – Com a Constituição, o trabalhador passou a receber também Abono de 10 dias do salário. É um ganho pra se aproveitar melhor as férias. Licenças – Hoje, a mãe tem 120 dias. Antes da Constituinte, tinha 92 dias e ainda precisava comprovar à empresa. A licença-paternidade de cinco dias é outro ganho trazido pela Constituição. Substituto-processual – É um dos pilares na defesa dos direitos do empregado. Na prática, o Sindicato, ao identificar problema coletivo, entra com processo em nome de todos. Isso faz a empresa cuidar de não descumprir a Convenção Coletiva. PLR – Até 4 de outubro de 1988, o trabalhador tinha duas fontes de direitos. A CLT ou os acordos coletivos obtidos pelos Sindicatos. Irredutibilidade salarial – A empresa não pode reduzir salário arbitrariamente. Pra que isso ocorra, e por tempo limitado, tem que haver acordo ou convenção coletiva e participação sindical. Isso é levado pra assembleia e o trabalhador decide. Aviso-prévio – Não poderia haver demissão imotivada. A empresa deveria, no mínimo, dizer por que quer demitir. Mas a Constituição fixou a indenização por tempo de serviço, para o trabalhador não ser prejudicado. Covid-19: país supera 150 mil mortes em dia que tem até aglomeração
E TEM MAIS “Estamos usando Zoom, Google Classroom, Microsoft Teams de uma forma completamente irresponsável” diz Professor Marcos Dantas (foto) da UFRJ A pandemia trouxe uma série de transformações e há quem diga que muitas vieram para ficar. Uma delas é a implementação da educação através do ensino remoto e das aulas síncronas a distância. No entanto, enquanto muitos celebram o fato de que, finalmente, a escola se transformou e chegou no mundo da revolução 4.0, o professor Marcos Dantas faz um alerta: “estamos usando Zoom, Google Classroom, Microsoft Teams de uma forma completamente irresponsável”. Isso porque essas plataformas, como a maioria das que operam na última geração da internet, capturam dados dos usuários e armazenam tudo que for gerado em seus ambientes. “Considero isso uma tragédia a longo prazo, porque se está entregando a essas plataformas a própria formação da identidade e da cultura brasileira”, acrescenta, em entrevista concedida por chamada de vídeo pelo Telegram à IHU On-Line. |
14/10/2020