Hoje, 21/10: universidade usa aula gravada por professor demitido, como o vírus de move em sala de aula, o prêmio de direitos humanos – e mais.
Universidades privadas querem usar aulas gravadas por professores mesmo após demissão Segundo denúncia feita ao Brasil de Fato, um aditivo contratual enviado aos docentes por e-mail em agosto prevê que os profissionais cedam todo o conteúdo produzido nesse período à instituição por tempo indeterminado e sem remuneração. De acordo com Pedro Borges*, professor da UNG, os docentes se negaram a assinar as alterações contratuais e têm se articulado em assembleias online com apoio do Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos (Sinpro-Guarulhos).
Segundo Celso Napolitano, diretor do Sinpro-SP e presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), a direção do Laureate foi procurada para que o acordo fosse anulado e substituído por outro documento, garantindo cláusulas bilaterais que não prejudica os professores. Porém, ele frisa que a assinatura do termo de cessão de direitos é um ato individual. Também foi acordado que não haverá retaliação caso o professor se recuse a assinar o termo negociado. Uma das mudanças determinou que o material seja gravado exclusivamente como alternativa à suspensão das aulas presenciais durante a pandemia. Na opinião de Napolitano, os interesses por trás dos aditivos contratuais adotadas pelos grupos privados são claros: “As instituições de ensino superior estão se utilizando disso para maximizar custos e maximizar a lucratividade. Eles encaminham esses termos por atacado para todos os professores e os gestores os pressionam a assiná-los. Termos que são completamente leoninos, unilaterais, e que preveem a possibilidade da imagem ser usada em qualquer plataforma, aberta ou fechada, em qualquer estado do Brasil e pelo tempo que determinarem”, explica. Outras defesas do sindicato é que os conteúdos sejam restritos às plataformas fechadas, sem veiculação no canal do Youtube ou Facebook, por exemplo.
Pernambuco: Educação decide por greve e por não retornar às aulas presenciais em 21 de outubro O sindicato disse que continuará fazendo a verificação das condições sanitárias das escolas e o debate com o Governo Estadual sobre o piso salarial, a Instrução Normativa nº 7 e o trabalho remoto, dentre outros assuntos. A diretoria, os núcleos regionais, delegados municipais e os representantes setoriais do Sintepe retornarão às escolas para fazer novas verificações das condições de trabalho. No dia 23 de outubro haverá nova Assembleia às 9h.
FGV e Insper pontificam: ‘Sem tarefa escolar, 'geração Covid' ganhará menos e será mais desigual’ Rebate Daniel Cara, do Movimento Nacional pelo Direito à Educação: ‘Não adianta produzir dados sem conhecimento do fenômeno pedagógico. Uma prova é a matéria abaixo: equivocada da primeira à última linha: "Sem tarefa escolar, 'geração Covid' ganhará menos e será mais desigual". Insper e FGV permanecem prestando desserviço. Pesquisadores alheios à pedagogia não compreendem o processo de ensino-aprendizado. Ao estudarem educação, desconhecem o âmago. Resultado, erram e levam o debate público a erros piores. Toda pesquisa é válida, sem dúvida, mas seus limites devem ser assumidos e expostos. Governo Bolsonaro quer acabar com aumento real de piso salarial de professor A lei, de 2008, vincula reajuste anual à variação do valor por aluno do Fundeb, o que se reflete em aumentos acima da inflação, mas pressiona as contas de estados e municípios. O governo quer que a atualização seja só pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Caso a regra já valesse, o reajuste em 2019 teria sido de 4,6%. O último aumento pela Lei foi de 12,84%, quando o piso chegou a R$ 2.886,24.
Abaixo-assinado pede que MEC suspenda clássicos infantis com histórias modificadas As histórias alteradas estão no site do programa e serão impressas e distribuídas, segundo o MEC, no ano que vem. O objetivo é oferecer apoio para a alfabetização das crianças. Segundo Pedro Bandeira, um dos maiores autores da literatura infantil do país, alguns elementos de clássicos não podem ser modificados. “Em ‘João e Maria’, por exemplo, é importante que os personagens sejam abandonados pelos pais na floresta. A criança, ouvindo a história no colo, treme de medo. Mas, se está no colinho, está vendo que não é de verdade”, diz. Na nova versão, João e Maria apenas saem para passear na floresta, e a mãe dá a eles pedrinhas coloridas, para que possam retornar à casa. “Já não é mais João e Maria, ponham outro nome”, protesta Bandeira. Em nota, o MEC defende a “livre adaptação das obras” e diz que pretende imprimir os livros também para o programa "Criança Feliz", do Ministério da Cidadania.
Presidente Prudente: sindicato pede respostas rápidas da secretaria da saúde Nesta terça-feira, 20/10, o secretário de Saúde dr. Walmir recebeu a diretoria do SinteePP, colocando a Secretaria da Saúde e a Vigilância Sanitária à disposição, e garantiu uma resposta rápida às denúncias oficializadas pelo SinteePP. Comunicou, ainda que as fiscalizações realizadas pelo Ministério do Trabalho, verificando irregularidades quanto ao cumprimento de protocolos de higiene e saúde, irão comunicar imediatamente à vigilância sanitária para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Campinas: debate sobre exposição de educadores em plataformas digitais
O Brasil tem hoje quatro protocolos de vacinas contra a covid-19 (infecção causada pelo novo coronavírus) em andamento para aprovação final da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): de Oxford (laboratório Astrazeneca), a chinesa Coronavac (da empresa Sinovac), Janssen-Cilag (da Bélgica), atualmente interrompida devido a reações adversas, e da parceria Alemanha-Estados Unidos (Pfizer/BioNTech). Para a população brasileira espera-se que 186 milhões de doses sejam disponibilizadas no primeiro semestre de 2021. Do total, 100 milhões provêm da parceria com a Oxford e 40 milhões, do Instrumento de Acesso Global de Vacinas covid-19 (Covax Facility), liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que permite ao Brasil ter opção entre outras nove vacinas em desenvolvimento. Segundo a Fiocruz, com esse instrumento, um imunizante de eficácia e segurança comprovadas estaria ao alcance do país a partir de 2021. Outras 46 milhões de doses virão da Sinovac.
Entenda como o coronavírus se move na sala de aula e o caminho da contaminação Em meio a incertezas em todo o mundo sobre o risco de reabrir escolas durante a pandemia do coronavírus, estudo publicado nesta terça-feira, 20, indicou o caminho da contaminação em uma sala de aula. Por meio de simulação computacional, a pesquisa apontou que, mesmo com distância de mais de dois metros entre os estudantes, partículas minúsculas suspensas no ar podem circular entre eles. Medidas como abrir janelas e instalar barreiras de vidro ou acrílico nas carteiras são capazes de reduzir os riscos. Conduzida por cientistas da Universidade do Novo México (EUA), a pesquisa usou como modelo uma sala de aula com nove estudantes e um professor, posicionados a 2,4 metros de distância entre si. A simulação considera uma sala com janelas e um sistema de ar-condicionado central, que filtra e faz a renovação do ar. No modelo estudado, até mesmo a posição do aluno na classe tem influência na quantidade de partículas que ele recebe.
E TEM MAIS Em primeiro lugar, Vladimir Herzog foi um professor. Lecionava jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da USP, até 1975, quando foi preso por motivação política e brutalmente assassinado em uma delegacia montada pela ditadura militar (1964 – 1985). A defesa das liberdades, da liberdade de expressão, da liberdade de cátedra, são importantes para os educadores. E, por isso, a Fepesp apoia a realização do premio – este ano em sua 42ª edição. Este ano, tudo virtual: |
22/10/2020